sábado, 17 de abril de 2010

A mãe de todas as verdades...

E a verdade? Triste, contida? O que é a verdade? Uma quarta pergunta? É bem mentira que a verdade confronte, ela apenas persiste enquanto impalpável opção à mais recente das mentiras desnudadas.

A verdade não carece de funeral e sim de batismo. Pelo menos de um válido. A verdade vira mentira quando morre da mesma maneira que um amor se desgasta até o estranhamento.

A mentira nasce da vontade de se fazer uma realidade, enquanto a verdade quer se fazer crer perene, onipresente a atemporal. Se a verdade é uma inverossímil notre dame, a mentira pode ser uma crível Maria Madalena.

A verdade é deus, um acordo coletivo e neutro que pune alguns em beneficio da coletividade. Ela é filha do medo, inimiga da criatividade, uma realidade democraticamente inaceitável.

Antes da separação, o divorcio é mentira. Ou seria uma verdade em construção?

Ao contrário do que se falava na Galiléia, a verdade não “vos libertará”, não é de sua natureza. A mentira, pelo menos, movimenta, faz barulho ao longo das mil vezes em que se repete antes de morrer numa verdade... 

por Pablo Habibe, polemista aleatório...

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